IDAS INEVITÁVEIS

IDAS INEVITÁVEIS

As idas dizem,

Que querem ser enterradas,

Nos caminhos nus da carícia.

A luz que desce pelo júbilo,

Adora, o que ainda se faz fino,

Pelo mel, que forma o tato.

A sede do abraço molha o sopro,

Para que o beijo se agite.

Somente o pedido se deixa,

Na vagueza do ar.

Ao destruirem marcas,

As recordações seguem,

Em mudas presenças inevitáveis.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 23/10/2021
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