IDAS INEVITÁVEIS
IDAS INEVITÁVEIS
As idas dizem,
Que querem ser enterradas,
Nos caminhos nus da carícia.
A luz que desce pelo júbilo,
Adora, o que ainda se faz fino,
Pelo mel, que forma o tato.
A sede do abraço molha o sopro,
Para que o beijo se agite.
Somente o pedido se deixa,
Na vagueza do ar.
Ao destruirem marcas,
As recordações seguem,
Em mudas presenças inevitáveis.
Sofia Meireles.