ESQUECIDOS!? POR CEGOS!
Minhas dores, como são tantas,
Não sei contar o quanto sinto.
Não posso dizer de motivos,
Mesmo de sentimentos dispersos,
Sentidos, vividos nos intensos
Instantes, que inda estou aqui.
E me perco em pensamentos,
A querer eternizar o momento,
Que a pouco não mais existirá...
E seremos esquecimento!
Por vezes, quem lembrará de mim!?
Quando não mais estiver,
Nem a lembrança resistirá,
Os olhares estarão fitos
Noutros motivos.
Não teremos quaisquer reverências.
Viver urge para quem está aqui!
E, seremos lampejos fugídios,
Que inda sobreviverá
Nalguma memória...
Quando a reflexão fizer presença.
E dirão:Não pense nele!
Tem agora a sua história,
Cada capítulo para viver,
A intensidade do sentir
Corre nas veias de quem fica,
Porque esquecimento é nosso nome!
E ficará marcado numa lápide,
Que lutamos e que amamos.
Que fomos incompreendidos,
Pois nós omitimos em compreender.
O abraço que quis ser apertado,
Mas faleceu na indiferença.
Pois quem tem fome,
Só precisar por querer te usar.
E quando não fores mais útil,
Quem lembrará de ti!?
Quem terá gratidão por tudo
O que te foi ofertado, e cego,
Você não viu, ou quis ver!