ESQUECIDOS!? POR CEGOS!

Minhas dores, como são tantas,

Não sei contar o quanto sinto.

Não posso dizer de motivos,

Mesmo de sentimentos dispersos,

Sentidos, vividos nos intensos

Instantes, que inda estou aqui.

E me perco em pensamentos,

A querer eternizar o momento,

Que a pouco não mais existirá...

E seremos esquecimento!

Por vezes, quem lembrará de mim!?

Quando não mais estiver,

Nem a lembrança resistirá,

Os olhares estarão fitos

Noutros motivos.

Não teremos quaisquer reverências.

Viver urge para quem está aqui!

E, seremos lampejos fugídios,

Que inda sobreviverá

Nalguma memória...

Quando a reflexão fizer presença.

E dirão:Não pense nele!

Tem agora a sua história,

Cada capítulo para viver,

A intensidade do sentir

Corre nas veias de quem fica,

Porque esquecimento é nosso nome!

E ficará marcado numa lápide,

Que lutamos e que amamos.

Que fomos incompreendidos,

Pois nós omitimos em compreender.

O abraço que quis ser apertado,

Mas faleceu na indiferença.

Pois quem tem fome,

Só precisar por querer te usar.

E quando não fores mais útil,

Quem lembrará de ti!?

Quem terá gratidão por tudo

O que te foi ofertado, e cego,

Você não viu, ou quis ver!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 23/10/2021
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