A vida que não nasceu
Quem sabe um Bethoven seria
Ou um simples e desconhecido ser
Saber que diferença faria
Jamais poderemos saber
Com certeza, com muito amor
Chamaria-te – “Mãezinha querida”
Porem agora só lhe resta a dor
De ter negado – lhe a vida
O sangue inocente na consciência
Deixa uma questão em aberto
Pensar em leis, Deus, obediência
Escolher entre o errado e o certo
Certo mesmo é que no futuro
Ao lembrar daquilo que fez
Sozinha em um quarto escuro
Ouvirá sua voz, talvez
Te pedindo que a vida
Em outra vida se faça
Pra que não fique a ferida
De um viver vazio...sem graça!