O Pós não é novamente
O Meu nome não o dizem.
Minhas mãos, tocar não querem.
Fazem as mesmas coisas
Mas o mesmo de sempre
é o espanto de nunca
Termos visto de tão perto
O que nos mantinha tão longe.
O medo faz doer as pernas
Em centímetros de lento caminhar.
Sem poder tirar a máscara
Com as máscaras de sempre
Incrustadas no corpo:
Estranho copo de
prazeres esvaziados.
Queremos um mundo novo
mas os donos dos cimentos:
Querem soterrar corpos
E perseguir ouros Improváveis.
O medo de morrer
o quero matar
Com sorriso na fronte.
No front a escassez
nos escava:
A fome fala
Amontoar riquezas é
cavar valas.
Juntar as mãos
Sem tocá-las
é o desafio circular
Que nos alargará os olhos.
A esperança não será esperada:
Dividir o presente
Será não morrer
Para sempre.