instante
mais uma manhã fria, molhada... escrevo.
percebo o tempo imperdoável
sobre mim: esta cadeira de balanço
onde fiquei, para sempre, adormecido.
mais uma manhã fria, molhada... escrevo.
(o dia atravessa a rua
carregando nas mãos a tristeza)
mais uma manhã fria, molhada...
onde fica guardado o tempo
lá está a saudade. e também este lamento!