ESPERANÇAS NO CADERNO DE COLORIR
Percebendo as nuvens dissolvendo a terra em meus olhos,
chacoalhei os galhos
pobres, podres e aos retalhos, que quebraram o tanto que chorei.
_ e lá vém a tempestade, lá vem .
Aquela chuva, lá, é algo que não desenhei, mas que sonhei sem trabalho.
tanto a falta de esforço, que se foram com a força,
foram-se na poça os lápis de sol que quebrei
caralho
me sinto uma moça !
_ e la vem a tempestade, la vem _
Dediquei meu almoço ao vento, havia tempo, havia tempo . . .
mas este não é chefe do momento, por isso que despenquei.
Cai no tempo, me afoguei. Nas nuvens, nos olhos, mergulhei,
e esqueci de respirar minhas cruzes, com o tempo, me enforquei . . .
Havia tempo, Havia tempo.