ERRANTE

#ERRANTE

Vago na rua...

Fria e escura...

Sem nem mesmo o clarão da lua...

O vento açoita minha face...

As estrelas uma a uma se apagam...

E as pedras inertes...

Apenas refletem...

O que restou de mim...

Não dizem nada...

Dentro de mim minha alma em agonia confusa, calada...

Já não sonha...

Teve suas asas cortadas...

Quis meu corpo aquecer sobre o seu...

Unir sua boca a minha...

Por que me negara?

Agora o mesmo já não sou...

Em você me encontrei...

E também me perdi...

O calor que o amor me ascendeu...

A todo meu ser me consome...

E na dor tão longa...

Tornei-me um errante agora...

Sandro Paschoal Nogueira

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