Queria eu ter a grafia ideal

Certinha, manuscritamente,

Mas a mente acelera os pensares,

E, as mãos tão vivamente,

Que não alcançam as sinapses cerebrais.

Hoje a grafia antes perfeita,

Se transforma em rascunho de médica,

E, se faz história, como hieroglifos.

Nos glifos das cavernas,

Ou nos caracteres do computador

Que hoje está na palma da mão.

Mas, pegar na pena,

Deslizar sobre o pergaminho,

Menino é um dom,

No qual não explico e nem ensino.

Componho vivências, referências, salmos, cantares, fervores.

E, o amor impulsiona minha vida.

A letra envaidecida e envelhecida com o dom,

As mãos doloridas, mas ainda mesmo com artroses,

Assim como o Maestro Antônio Carlos Martins

Levam amor.

A poesia é arte, que não podemos jamais ocultar.

Seja um risco, um rabisco, ou pintura,

Ou das mãos do lutador, uma escultura,

Tudo se compõem na grafia de uma Vida.

 

Manuscrita em 17/10/2021.

Hoje transcrita para esse site, onde ofereço em especial aos Médicos, professores, e outros intelectuais.