FALA SEPULTADA

FALA SEPULTADA

A fala nasce,

Onde a ida tem de correr,

Rumo aos caminhos dos olhares sem qualquer estrada.

O tempo não pode se lembrar,

Apenas dos dados nomeados pelo embalo:

Até porque, o peso da saudade,

Sempre volta ao sempre.

A chegada que navega por gerações secas,

Por nunca e por ninguém,

Como uma pedra,

Escuta as ausências dos lutos já sepultados há muito.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 18/10/2021
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