FALA SEPULTADA
FALA SEPULTADA
A fala nasce,
Onde a ida tem de correr,
Rumo aos caminhos dos olhares sem qualquer estrada.
O tempo não pode se lembrar,
Apenas dos dados nomeados pelo embalo:
Até porque, o peso da saudade,
Sempre volta ao sempre.
A chegada que navega por gerações secas,
Por nunca e por ninguém,
Como uma pedra,
Escuta as ausências dos lutos já sepultados há muito.
Sofia Meireles.