HISTORINHA
E agora, o que faço,
se não tenho o teu braço,
pra me conduzir vida afora,
neste momento - agora:
imensa desilusão,
faz sofrer o coração.
Eu sempre me perguntei
(e, sinceramente, não sei)
por que fui a escolhida
pra chamares de querida
com essa tua voz macia,
que até me arrepia,
se a escuto baixinho
sussurrando mil carinhos,
que nunca hão de acontecer.
É pecado eu te digo
fazeres isso comigo,
coração fica a bater
num rítmo acelerado,
tenho medo do coitado,
do que possa acontecer.
Mas obrigado, obrigado,
obrigada, meu amigo,
serás sempre relembrado
por o teres despertado.
Eu danço, canto e rio,
numa espécie de delírio,
pois soltaste as amarras,
e eu sou mulher de garra,
topo qualquer desafio.
Vivo a vida, como é bela,
e eu faço parte dela.