Inquietação
O tempo se esvai, nem se percebe,
Escoa feito água lamuriosa de um rio,
Uma vez em curso, sem retorno
E nesse curso um banho na alma
Seria um refrigério nas inquietações
Que veste as almas de insegurança
Há de se ter paz, um dia, em meio a
Este turbilhão que a tudo invade um
Desassossego na alma, que padece
Que possa descer por todos os corpos um véu,
Que cubra todo o ser como um bálsamo
Expurgue da carcaça o que a faz adoecer
E num dia de chuva, com a pureza da água,
Esta que do céu despenca e a tudo lava, retire
Das almas o que ainda restou da dor não purgada...