ENTRE O FOGO E O MEDO

ENTRE FOGO E MEDO

O fogo estável da procura,

Preso na voz,

Desce pela língua, solitário e fisicamente selvagem,

Quando a humanidade, ébria de erro,

Num qualquer onde,

Abriga-se de muitas incertezas.

As crenças, em mesmice,

Imploram dissipação e consumação,

E já não há espaço,

Em beijos vagos e impertinentes.

Os desenhos das linhas circulam,

Os relógios prontos para a morte,

Por dizeres extintos,

Que vêm em promessas invisíveis.

Os sonhos pintam gerações,

Para iluminarem, encherem e extravazarem,

O sangue transmutado,

Das permissões dissolvidas.

Sem raiz, o medo,

Não deve mais conseguir amedrontar.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 17/10/2021
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