Nega Dita, minha babá
Ainda hoje me lembro
Dos meus tempos de criança
Nos braços da Nega Dita
Ouvindo sonhos de Esperança
Nega Dita foi escrava
Que a princesa Isabel libertou
Era ainda uma menina
Mas na memória
Sua vida sofrida guardou
Nega Dita se casou
Mas na lavoura ficou
Até que um belo dia
Seu amor me dedicou
Eu era menina de trança
Espevitada e arteira
Meus dez anos eram o passaporte
Pra viver de brincadeiras
Nega Dita tinha quase cem
Mas dava conta de mim muito bem
Coragem não lhe faltava
E sua esperteza lhe conservava a vida
Nega Dita era magrinha
Era bem baixinha também
E apesar de toda idade
Era esperta como ninguém
Seus cabelos eram branquinhos
Feitos bolas de algodão
Na ponta do nariz tinha os óculos
E enxergava muito bem
Deus conserve a minha nega
Junto aos anjos do paraíso
Como se nunca tivesse partido
Pois no meu coração ela vive
Ainda hoje me lembro
Dos meus tempos de criança
Nos braços da Nega Dita
Ouvindo sonhos de Esperança
Nega Dita foi escrava
Que a princesa Isabel libertou
Era ainda uma menina
Mas na memória
Sua vida sofrida guardou
Nega Dita se casou
Mas na lavoura ficou
Até que um belo dia
Seu amor me dedicou
Eu era menina de trança
Espevitada e arteira
Meus dez anos eram o passaporte
Pra viver de brincadeiras
Nega Dita tinha quase cem
Mas dava conta de mim muito bem
Coragem não lhe faltava
E sua esperteza lhe conservava a vida
Nega Dita era magrinha
Era bem baixinha também
E apesar de toda idade
Era esperta como ninguém
Seus cabelos eram branquinhos
Feitos bolas de algodão
Na ponta do nariz tinha os óculos
E enxergava muito bem
Deus conserve a minha nega
Junto aos anjos do paraíso
Como se nunca tivesse partido
Pois no meu coração ela vive