TEMPOS QUE NÃO VINGARAM.

Sou pedra tentando

Estancar rios,

Sou esse exato instante

que aproxima de ti, e ti

constrói diante dos meus

escondidos desejos.

Paro e olho-te,

Vejo Gerânios em cântaros,

enfeitando a tristeza dos

olhos que avista-se os sombrios

dias,

Abnegado é o hino

que dá sua boca alcançava o ar,

e plana sobre o silêncio

dos meus ouvidos.

Aplaudo as asas das aves

Que roçam as estruturas

Veneráveis do ar,

Tão distante é o céu

que se abre no cintilar

do teu riso,

nele colho margaridas ,

e enfeito minhas sala de star,

me comprazo no meu sofá,

crio suas formas e nelas

Me projeto ao gozo de me

encantar.

Desejo mergulhar por trilhas

onde ei de te encontrar,

acalento esse sangue

que ferve é corre pelas

veias dos meus sentidos,

Colho de mim pérolas universais,

Coloco minhas mãos sobre

o dorso do tempo,

me transporto ,me projeto

e eternizo.

Te busco , te instigo,

a fazermos tantas coisas,

na lupa do tempo ainda

busco seus olhos,

redondinhos, esféricos,

lunares,

negro teus cabelos espalhados

sobre o esguio dorso,

e seu jeito de andar angelical.

Te pego e te aproximo

do meu delírio.

Enquanto as horas voam.

Quem criou a eternidade

das coisas?

Dou minha mão para

que pegues e assim

encurtamos a distancia

e o tempo,

fazemos a liga dos nossos

mistérios, lembra, ninguém

podia saber,

vou me materializando nesta noite,

naquele tempo,sonhos

que não vingaram.

Hoje passaram por mim,

me convenceram

a torna-los poesias.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 17/10/2021
Reeditado em 17/10/2021
Código do texto: T7365500
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