TEMPOS QUE NÃO VINGARAM.
Sou pedra tentando
Estancar rios,
Sou esse exato instante
que aproxima de ti, e ti
constrói diante dos meus
escondidos desejos.
Paro e olho-te,
Vejo Gerânios em cântaros,
enfeitando a tristeza dos
olhos que avista-se os sombrios
dias,
Abnegado é o hino
que dá sua boca alcançava o ar,
e plana sobre o silêncio
dos meus ouvidos.
Aplaudo as asas das aves
Que roçam as estruturas
Veneráveis do ar,
Tão distante é o céu
que se abre no cintilar
do teu riso,
nele colho margaridas ,
e enfeito minhas sala de star,
me comprazo no meu sofá,
crio suas formas e nelas
Me projeto ao gozo de me
encantar.
Desejo mergulhar por trilhas
onde ei de te encontrar,
acalento esse sangue
que ferve é corre pelas
veias dos meus sentidos,
Colho de mim pérolas universais,
Coloco minhas mãos sobre
o dorso do tempo,
me transporto ,me projeto
e eternizo.
Te busco , te instigo,
a fazermos tantas coisas,
na lupa do tempo ainda
busco seus olhos,
redondinhos, esféricos,
lunares,
negro teus cabelos espalhados
sobre o esguio dorso,
e seu jeito de andar angelical.
Te pego e te aproximo
do meu delírio.
Enquanto as horas voam.
Quem criou a eternidade
das coisas?
Dou minha mão para
que pegues e assim
encurtamos a distancia
e o tempo,
fazemos a liga dos nossos
mistérios, lembra, ninguém
podia saber,
vou me materializando nesta noite,
naquele tempo,sonhos
que não vingaram.
Hoje passaram por mim,
me convenceram
a torna-los poesias.