Cômodo do medo
No cômodo do medo
Domado e mudo
E amado em arremedo
O passado de posses
E promessas,
Agora, são lentos passos
Mesmo o primado,
Também incômodo,
É reprimido e desarmado
O milho se tornou pipoca
O espelho desfoca
Tudo está velho e sufoca
E assim, o propósito
De todo decrépito
Vai-se ao depósito
Esse cômodo é para todos
Que, de algum modo,
Chegam ao pódio.