Quando o Meio é o Fim
Lembranças
De um passado,
Que insiste em continuar vivo,
Faz da minha vida um tormento.
Não se afasta . . .
Não esquece de mim . . .
Minhas noites são trevas . . .
Anseio a morte que não vem.
Cansado do peso
Das grossas correntes,
Entre pesadelos adormeço.
Acordando para a vida,
Através dos vidros embaciados
Da noite agonizante,
Lá fora a vida sem vontade passa.
E tudo que vejo é apenas
A lembrança
Que um dia no passado
Eu morri . . .