Futilidades

A pouca força força o homem à forca...

Na fossa, fita os olhos da frieza...

E, fraco, faz-se frágil e, já sem fôlego,

Fenece à fútil frase da Fraqueza...

Nos sonhos, somos simples firmamentos...

Sonâmbulos surfando a morte à foz...

Sem forças, somos frouxos filamentos:

Flagelos fictícios dos Anzóis...

Martelos matam mais que mil heróis...

Os Mitos imorais não são modelos...

Se há mácula no manto, não há glória...

Se há glória e sangue humano, falta zelo...

Se falta zelo, falta-nos memória...

A louca força força o Homem à forca:

Enforca os seus iguais o tal Herói...

Feliz, mantém o medo que lhe mói

Enquanto morre à míngua pela boca.

Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gustavo Valério Ferreira em 14/10/2021
Código do texto: T7363448
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