Futilidades
A pouca força força o homem à forca...
Na fossa, fita os olhos da frieza...
E, fraco, faz-se frágil e, já sem fôlego,
Fenece à fútil frase da Fraqueza...
Nos sonhos, somos simples firmamentos...
Sonâmbulos surfando a morte à foz...
Sem forças, somos frouxos filamentos:
Flagelos fictícios dos Anzóis...
Martelos matam mais que mil heróis...
Os Mitos imorais não são modelos...
Se há mácula no manto, não há glória...
Se há glória e sangue humano, falta zelo...
Se falta zelo, falta-nos memória...
A louca força força o Homem à forca:
Enforca os seus iguais o tal Herói...
Feliz, mantém o medo que lhe mói
Enquanto morre à míngua pela boca.