VIDA, VIDA
Sou poeta, meu amigo,
sem amparo, sem abrigo.
O abrigo está nas palavras
na maneira como as lavras,
fazem mal ou fazem bem
à alma sofrida, ferida
- dor enorme que ela tem.
Escrevo, pois, com cuidado,
o coração maltratado
precisa de muito carinho,
porque se sente sozinho,
sem amor... Não tem ninguém.
Vida, vida tão mesquinha,
tira, até, o que se tinha,
e em troca não dá nada.
Porém Deus tudo está vendo,
e eu entendo, compreendo,
só Ele salva e nos guarda.