DE VOLTA AO SONHO
DE VOLTA AO SONHO
Os sonhos parados,
Lavam-se nas visitas de um olhar.
Somente as sombras que ficam,
Sobem à procura do voo,
Para que a madrugada,
Tenha a coragem do canto,
Ante a visão do interminável.
A esperança em vão se enterra,
Perto do paraíso,
Para naufragar em chegadas,
Que insistem na imaginação,
De vindas fechadas,
Que talvez se deixem apenas no pensamento.
O tempo sem volta,
Sempre volta pelo mesmo tempo sem volta.
Sofia Meireles.