Um rio vai devagar
O rio nasce inocente como uma criança.
vive pelas quedas no seu curso natural
na direção certa do mar, é uma aliança
da natureza, a leva-lo ao mar colossal.
Sou rio que gerando no tempo energia,
que derruba as barreira pelo caminho,
atravessa rochedos, vales sem fantasia.
Vou pela vida como menino passarinho.
O rio leva o pouco de mim na corrente.
na curva mergulho na volta ao passado.
revejo o rio seguir uma rota indiferente.
Sou rio nas veias meu sangue apresado.
O rio lava a minha mágoa do progresso,
que na fúria louca poluiu toda nascente.
Ví mavioso sabiá num cantar possesso.
Chorei sobre o rio tatuado na mente.
Toninho
10/09/2019