A dor da saudade.
Na manhã solitária neste quarto.
vivo agora neste caminhar vazio,
que em mim reflete como parto,
a dor na alegria que causa o frio.
Olhar perdido a espera frustrada,
a noite que cresceu, soturno olhar,
o quarto vazio onde fui a amada,
presentes, flores solidão a celebrar.
A cabeça gira imagens disformes,
recriam lembranças, há fantasia.
Vem uma doída saudade enorme.
nos tique-taques soam melancolia.
Já as luzes se apagam lentamente,
os raios de sol veem desorientados.
tocam meu corpo tão suavemente,
que sinto prazer de olhos fechados.
Toninho
28/07/2018
Inspiração numa imagem, no caso uma mulher solitária num quarto.