Continuo os acordes à tocar!
O som cadenciado do contrabaixo,
emoldura a noite deste dia comum.
Tudo se soma ao tom deste dia,
mas soa que um outro alguem vive,isso sentia.
Corre a noite e os atos se seguem,
minha mão continua os acordes à tocar,
tudo segue parecendo real,
mas tenho certeza que que a vida está a insinuar.
Insinuar que o que parece automático,
não é minha vida, não sou eu.
Eu sou tudo que não está aqui,
e ao mesmo tempo sou tudo que ainda não vivi.
O som reverbera em meus pensamentos,
a música toma conta deste outro eu,
de tudo sou ignorante,
a certeza porém que o coração que bate em mim não é meu.