ANTE O FLORESCER DO OUTRO
ANTE O FLORESCER DO OUTRO
O florescer das gerações enumera perdas,
No fundo de todos os tempos,
Para que o querer roube,
Somente o esquecimento,
Das marcas, sem o sinal das coisas.
A existência ofertada,
Destina-se ao talento,
Nomeado por todas as vezes iniciais.
O silêncio do fim,
Ante a face da aproximação,
Vê, na palidez do sangue,
A paz apagada,
Do que se deixa na magia do passado.
A memória do verso brilha,
No tenebroso toque,
Pela mesmice do outro.
Sofia Meireles.