Servo e salvo
Sempre escravo
Do carinho e do agravo
Que promove e reprova
Preso e cativo
Em um amor votivo
E nocivo
Que me eleva
Mas, também, se reserva
E deprava
Fujo e me esquivo
Desse lado abusivo
E retorno pelo sedativo
Na treva que travo,
Sirvo-me do favo
E, servo me salvo
Sei que é grave
E me preservo, como livre,
No meu bravo.