AJUDA AGONIZANTE

AJUDA AGONIZANTE

A agonia que voa,

Para além do meio de uma noite,

Quase nunca mata,

Embora cause feridas profundas.

A solidão vigiada ocupa a dormência,

Dos apontamentos, que se aproximam de uma busca frutífera,

Mesmo que encontrem o nada como opção..

Os pedaços que alimentam a fome da insônia,

Pisam, com uma agitação moribunda,

No abatimento, escutado pelo silêncio.

O chamado auxiliador,

Nunca atende à cura.

O que faz do impedimento perecível,

Nada pode…

Senão acalmar o tudo.

Somente a companhia do chão,

Escurece a luz que tem o olhar,

Que já não precisa de ver.

O desenho, que é um mito para a beleza,

Corta o tempo da vida,

Que fica na quietude do fim.

O regresso ao leito,

No torpor da criação,

Já não pede ajuda.

Sofia Meireles

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 09/10/2021
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