AJUDA AGONIZANTE
AJUDA AGONIZANTE
A agonia que voa,
Para além do meio de uma noite,
Quase nunca mata,
Embora cause feridas profundas.
A solidão vigiada ocupa a dormência,
Dos apontamentos, que se aproximam de uma busca frutífera,
Mesmo que encontrem o nada como opção..
Os pedaços que alimentam a fome da insônia,
Pisam, com uma agitação moribunda,
No abatimento, escutado pelo silêncio.
O chamado auxiliador,
Nunca atende à cura.
O que faz do impedimento perecível,
Nada pode…
Senão acalmar o tudo.
Somente a companhia do chão,
Escurece a luz que tem o olhar,
Que já não precisa de ver.
O desenho, que é um mito para a beleza,
Corta o tempo da vida,
Que fica na quietude do fim.
O regresso ao leito,
No torpor da criação,
Já não pede ajuda.
Sofia Meireles