Memorial
Memorial
Ai, que saudade, que saudade!
A memória abandonou o pós-moderno e foi buscar na parede da copa da velha casa a “folhinha do Sagrado Coração de Jesus ”.
A mãe era devota.
365 era quase a resma dos dias marcados por folhas que se descartavam como um ritual. Dia tal o dia deste ou daquele santo marcava-se ali. Tinha-se o início das estações e as fases da lua era fatal. Não faltava. A mãe era filha de Maria.
A folha destacada servia como marcador de livro como relíquia cronológica na caixa de recordação.
A mãe seguia os preceitos.
Rompi com os santos.
Revoltei contra a devoção.
Recalques nunca mais.
Exorcizei neuroses.
A porta se abriu e vi guardado na memória o relicário materno deixado como herança.
Eu me apossei de meu quinhão: o coração sangrando.
“O diabo mora nos detalhes”.
Leonardo Lisbôa
Caderno Pensamento
Barbacena, 31/01/2017
Direitos do texto e foto
reservados e protegidos segundo
Lei do Direito Autoral nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998.
Gosta de Poesias e Crônicas?
Siga Então:
_ POETAR_
https://www.facebook.com/PoetarPoesiaArte/
http://www.leonardolisboa.recantodasletras.com.br/
https://www.instagram.com/laocoonte2/
@leobcena
ESCREVA PARA O AUTOR:
conversandocomoautor@gmail.com
#POETAR
#PoetasdeInstagran
#Memória
#Crônica
#Poesia
#Poesiaautoral
#Fotografiaepoesia
#Videoepoema
#Mantiqueira