Fome de ti
Na ânsia de alimentar a alma e o corpo,
Busco no imaginar a tua nudez,
Caio faminto aos teus pés,
Sinto-me completamente trémulo,
Essa vontade exacerbada do querer,
Cresce por dentro o intenso prazer,
Um instinto feroz, essa fome algoz
Tenho fogo na boca querendo teus lábios
Sinto minha poesia hirta,
Para a prosa dos teus vermelhos lábios,
Serenos e macios,
Envolvente no céu da tua boca,
Tenho as palavras na ponta dos teus seios,
Da saudade extraída da minha boca,
Ao sufoco de matar os anseios,
Dar com a língua aos dentes,
E entregá-los ao prazer da minha boca,
Como jamais algum dia o saciei,
Como no pronunciar de sons viciantes,
Nesse abrasador no calor da tua chama,
Da carne que mata a fome,
Entre as tuas húmidas entranhas,
Temperadas com a seiva do licor,
Onde perdi-me por e entre a essência do botão,
Na típica região que alimenta e acelera
O impulso de qualquer coração,
Que mata a fome até ao brotar da inspiração (...)
(M&M)