À FÓRMULA DA LÁGRIMA
À FÓRMULA DA LÁGRIMA
Sem lágrimas, a morte,
Encontra estabilidade,
Num choro, pedinte de análise.
Ao recolher, o cuidado ensaiado,
Beneficia a limpidez dos olhares,
Que se aproximam do outro,
Com a certeza do enfrentamento.
O ter, com ar de gota,
Transparece no mandamento,
De uma vinda ácida,
Que, básica e sem sabor,
Anestesiam o uso casual.
No frio das experiências,
O fogo, às vezes, dá-se a todos os costumes,
Como sinal de dissipação,
Aos vestígios do ódio.
A lavagem de quase tudo,
Formula sem qualquer reformulação.
Sofia Meireles.