AO MEU (E)TERNO AMOR!
Tentei não dizer!
Escondi meus olhos num grande esforço
de distribuí-los na folha bailando-se ao chão!
Apertei a mão, uma na outra, empregando
o desconforto do coração!
Balançava os pés e
as pernas para não correr de mim!
Falava em cada gesto,
em cada abrupta fuga que suspirava do meu ser!
Confesso-te que fiz o impossível para não me declarar e
destruir o teu momento,
mas por mais que eu tentasse a minh'alma
já havia epigrafado,
nas marcas do meu mundo,
o meu eterno amor!
©Balsa Melo
24.07.06
Brasília - DF