Pássaros
No céu quase limpo,
Em vias de mudar o tom
Devido ao adiantar da tarde,
Mas que ainda conserva o calor
Do ar primaveril
Vejo muitos pássaros
Num maravilhoso bater
De apressadas asas,
Eles que, imagino, gorjeiam felizes
Em suas vestes de penas.
É que não ouço o gorjear dos
Donos da tarde, eu apenas vislumbro
O bater das pequeninas asas
Alguns miram poças de água
Outros em montes de areia
E se lançam para banharem-se...
É que nada preciso ouvir,
Em nada quero pensar
Basta-me, no momento,
Apenas calada observar,
Encanta-me o movimento
Das asas e a liberdade
Dos pássaros... somente
Apreciar o voo deles, que é livre...