SOB AS ONDAS


Mistérios submersos,
Inconfessos,
Brilhando de tanto sal,
Que seca nos versos...


Marulhos quase inaudíveis
No movimento das ondas,
Sereias desfazem suas tranças
Oblongas.


Eu me sento na areia
E não tento compreender...
Há muito não sei nadar,
Temo perecer.


Netuno silenciou
As vozes, com seu tridente,
A palavra se afogou
No coração da gente.



 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 02/10/2021
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