TRISTE E DEFINITIVA AUSÊNCIA
Brota do coração
Essa voz que chora em melodia
Que só tem por motivo
Expressar a dor que nos asfixia
Brota do coração aflorando
Esse poema incerto
A tristeza, a saudade
Nos invadem o peito, Gilberto!
A sonhar com emoção
Esperávamos pelo teu regresso
Para a nossa querida Melgaço
Trazendo o progresso
Eras a esperança do emprego
E da justa partilha
Do abraço e do pão, provisão
Para as nossas famílias!
Gilberto Barbosa, vá embora, não!
Que sangra muito o coração...
Gilberto Barbosa, vá embora, não!
Que sangra muito o coração...
A notícia chegou de repente
Anunciando o coice
A batalha já estava perdida
Para a dona da foice
E teu povo sofrido exalou um gemido
De desesperança
Aprouve à Providência que tua ausência
Fosse nossa lembrança...
E agora a vagar prosseguimos
Cambaleantes, sem prumo;
Nessas horas se perde
O leme, a direção e o rumo...
No entanto, o dever é continuar
Na jornada, na lida,
Pois tua mensagem gravada no peito
Continua ainda bem viva:
"Melgaço [querida], eu te quero bem!”
Gilberto Barbosa, te amamos também!
"Melgaço [querida], eu te quero bem!”
Gilberto Barbosa, te amamos também!
Melgaço, Pará, Brasil, 10 de setembro de 1998.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
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Contrafactum de "O TERÇO", composição de Roberto Carlos.