Infantil
Eu queria parar de crescer
Parar de me perder
Estar sempre criança
Romper os véus, voltar a ver
Brincar nas ruas descalças
Andar nu que nem bacuri
Solitário e ainda feliz
Pois tudo é motivo de brincadeira
Chuva forte, enxurrada
Logo vai a meninada
Chutar poças, rolar na água
Faltou luz se vê de longe
Ensejo para esconde-esconde
Sem nunca ter o que esconder
Pegar qualquer um de isca
Caiu de bobo no pula carniça
Onde ser bobo é ser bonito
Céu azul, amarelo Sol
Bem cedinho, o futebol
Lá menina também deve jogar
Férias tempo que a vontade adoça
Ainda mais se for na roça
Atirar-se ao rio, ouvir causos de terror
Sem brinquedos, há quem sem alegra
Corre-corre, pique-pega
Correr de peito aberto
Parar de crescer
Para nunca me perder
Do sagrado natural
Que reside dentro de nós
Doar sem resposta, receber com novidade
A tristeza sempre oposta
Olhar juvenil
Amizade sem interesse
Interesses sem hipocrisia
Pois tudo o que importa é ser feliz
Traquinagem da boa sempre tem perdão
Simples inconseqüências
Refletidas nuas em inocência
Zombaria só ser for muita
Cheia de graça, pesada e ainda modesta
Aqui ninguém vai se afetar
Chorar, só se for de verdade
De tristeza, raiva, de insanidade
De repente risada, sorriso, sorriso...
Chorar com graça, sorrindo chorar
Claramente reencontrar
A linha pueril do meu olhar infantil
As raízes mais lindas e profundas
Que dizem -e não esquecem- daquilo que sou.
Eu queria parar de crescer
Parar de me perder
Estar sempre criança
Romper os véus, voltar a ver
Brincar nas ruas descalças
Andar nu que nem bacuri
Solitário e ainda feliz
Pois tudo é motivo de brincadeira
Chuva forte, enxurrada
Logo vai a meninada
Chutar poças, rolar na água
Faltou luz se vê de longe
Ensejo para esconde-esconde
Sem nunca ter o que esconder
Pegar qualquer um de isca
Caiu de bobo no pula carniça
Onde ser bobo é ser bonito
Céu azul, amarelo Sol
Bem cedinho, o futebol
Lá menina também deve jogar
Férias tempo que a vontade adoça
Ainda mais se for na roça
Atirar-se ao rio, ouvir causos de terror
Sem brinquedos, há quem sem alegra
Corre-corre, pique-pega
Correr de peito aberto
Parar de crescer
Para nunca me perder
Do sagrado natural
Que reside dentro de nós
Doar sem resposta, receber com novidade
A tristeza sempre oposta
Olhar juvenil
Amizade sem interesse
Interesses sem hipocrisia
Pois tudo o que importa é ser feliz
Traquinagem da boa sempre tem perdão
Simples inconseqüências
Refletidas nuas em inocência
Zombaria só ser for muita
Cheia de graça, pesada e ainda modesta
Aqui ninguém vai se afetar
Chorar, só se for de verdade
De tristeza, raiva, de insanidade
De repente risada, sorriso, sorriso...
Chorar com graça, sorrindo chorar
Claramente reencontrar
A linha pueril do meu olhar infantil
As raízes mais lindas e profundas
Que dizem -e não esquecem- daquilo que sou.