Mácula
Qual estirpe sem mácula
Se de mancha nenhuma se faz
Eis que torna a vida feito madrasta
De puro, no regressar, mácula traz
Humilham com bocas impuras
Subjugam e em desonra deixam
Açoitam almas que ficam turvas,
Mesmo com vergões as almas lutam
Volúveis são os seres incautos
Esboços, rascunhos e sempre a tentar
E nas tentativas de serem cautos
Com vis intenções estão sempre a lesar
Desdém! Este é servido em goles de sutileza
Num mercadejar de falsa benevolência
Há tempos que o hipócrita quer a riqueza,
Resta ao povo cansado e aniquilado a paciência
Será?