CÂNTICO DE ENTRADA
Não quero te despir
Não agora, já, nesse momento.
No prelúdio há que haver
Sedução, invento
E a mim, basta por enquanto
Ver-te em vestido largo
Cabelos soltos ao vento
Chinelinha de dedo
Sorriso entre aberto
Lábios ungidos
Com o mais discreto batom
Não quero te despir
Assim, de rompante, de repente.
Prefiro-te diáfana, leve, envolvente
Num jogo de sedução
Que aos poucos desperte em mim
O homem que te festeja
O animal que te fareja.