LILITH SAGAZ

LILITH SAGAZ

Claro que não vi teu sangue

escorrer pelas paredes do

quarto onde matei teu filho

Porque ele estava olhando

meu corpo e crescendo

querendo entrar adentro

pra viver meu orgasmo?

Eu limpei com meus lábios

o vestígio deste sangue

ainda quente na tua pele

era uma água doce um

copo de vinho suave delicado

arrepio de seios prontos

esperando tua boca selvagem

Claro que não vi teu monstro

rugir naquela noite prefiri

matar o santo que ficou na

mesa contando coisas oratória

desastrosa de um misto

de homem infantil ensebado

desejando o que eu ofendi

oferecendo abrindo

minha pele mostrando

minhas veias pulsando

minha vontade

Agora é tarde já gozei

mas não vou dormir pra

acordar de manhã e ser servida

Venha deste jeito estranho

Vamos amar o último caso

O último personagem raso

em trapos de espírito seremos

invadidos da vontade de

ficar despreocupados...