Dever de escrever
Às vezes, não consegues se mover
É tudo que tens para ver,
Apenas viver
É impossível se comover,
Planejar e antever
Mas, continua-se o dever
Esse incansável volver,
Sem nada resolver
À procura do haver
Porém, se não chover,
Poderás absorver
E até se absolver
Da culpa pelo cadáver
Que junto ao revólver
Cessou de escrever.