ANDARILHO

Olhe me aqui! Não me evite não…

sou um ser humano que precisa

de cuidados e atenção.

Meu corpo esquálido e fraco

assusta eu sei, vivo também

eu espantado!

Saúde debilitada, numa feição

anêmica, que a muitos afugenta.

Minha história não é bonita,

mas dolorida.

Aqui vivo como um pedinte.

Despertando em uns ojeriza,

em outros, compaixão e dó!

Meu viver é triste e sombrio

uma negritude que

atormenta a alma

Só tenho Deus, e a rua

como companhia.

Sinto -me refém desse movimento

itinerante do vai e vem dos cidadãos

que veem em mim,

apenas mais um humano

fracassado para exibição.

Confesso, estou exausto

De dormir ao relento e ser mais

um andarilho do asfalto.

Poesia elaborada na Oficina Desafio Poético da CPP

com as seguintes palavras:

Anêmica, exausto, negritude, exibição

https://palavrasnotasevivencias.blogspot.com

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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 28/09/2021
Código do texto: T7352061
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