na sede de florescer

Na sede de florescer

Na fome do ser flores

Em cada amanhecer

que colore a dor

da semente sorrir

no grão - útero do tempo

No ventre - terra espelho nu

Vácuo vasto

Com cheirinho de caatinga

- mina de olhos sem água que tinge o cio da flor

que insiste e resiste em reluzir do

seu nascer pequeno

como menina fértil a engravidar

alegrias

E o céu como menino tolo a sorrir

da maciez que sorrir dos seus cheiros e das suas cores

Dessas flores vagabundas que

vem ao mundo

Só pra se prostituir

em qualquer esquina do mundo

Com a boniteza de sua alma

espalhada como tingimento

sagrado

em cada átomo do ar

a pulsar nos silêncios

do coração morada de cada um

de nós !

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 27/09/2021
Código do texto: T7351812
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