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A(PENAS) NINGUÉM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Muito prazer, eu sou a(penas) Ninguém,

 

Vou andando, sem pressa, pelo labirinto dos sonhos,

 

Pensando e voando, à procura do Bem, 

 

Lançando mensagens de reflexão pelo vento, 

 

Que possam chegar à memória de Alguém...

 

 

 

 


E quando me interpelam a Equidade e a Lógica,

 

O Sentido, o Equilíbrio e a Igualdade,

 

Que esse mundo não tem,

 

Eu, no fundo, procuro com calma,

 

Algum resquício de paz

 

Que ao sentimento convém !

 

 

 

 


E, assim, olhando as paisagens do tempo,

 

Flutuando no vento ou nos cantos de um lar,

 

Edifico castelos entre alguns pensamentos,

 

Identifico histórias que me fazem criar,

 

Mas este mundo, amigos, não quer sentimentos,

 

Ele nos empurra padrões (e ilusões a pagar),

 

Ofuscando, na alma, os sentidos mais lentos

 

Que nos fariam melhores, entre o céu e o mar !

 

 

 

 


Mas crescemos tão condicionados às pressões externas:

 

A pressão de ter sempre mais e parecer "melhor"  na vida,

 

Embora falte paz, aparências sobram, sem qualquer medida...

 

 

 

 


Mas seremos "quem", entre muito e pouco,

 

Em cada riso rouco, entre tudo e nada, 

 

Nesse mundo injusto, ao liminar da lida?

 

 

 

 

 


De qualquer forma, vou caminhando apenas,

 

Entre as ruas de um sonho que essa vida tem,

 

Entre ideias longas, simples, sós, serenas,

 

É longa a jornada à procura do "bem"

 

E como nada fui, ilusões pequenas

 

Não me afetam, no tempo, que vai ou que vem,

 

Pois só a arte liberta as almas sensíveis, amenas,

 

Voando além de miragens, sendo alguém ou ninguém.

 

 

 

 

 

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