O SILÊNCIO
Sou o silêncio que traduz o pensamento,
Eu sou capaz de ouvir o som do vento
E a voz da brisa que a noite acaricia.
Sou o silêncio que, em plena madrugada,
Escuta o choro de um bêbado na calçada,
O chilrear da pequena cotovia!
Sou o silêncio que acolhe a solidão...
Que se enternece com um pedido de perdão,
Que abranda o mar, numa noite calma e fria.
Sou o silêncio que, da fresta da janela,
Dá um suspiro e, ao ver a Lua bela,
Transforma a vida numa eterna poesia!...
(Maria do Socorro Domingos)
João Pessoa, 05/09/21