Negra primavera

Gélidas noites,

Frias ilusões,

Constantes oscilações,

A(mar) revoltante,

No gargalhar dos ventos,

Cortar a voz ao silêncio

Que ao tempo perpetua calado,

Entre os lençóis,

Onde não transpiram emoções,

O silêncio parece prisões,

A pálida rosa,

Consumida pelo marasmo da prosa,

Antes fosse erguer o choro da poesia,

Rogar aos versos o polvilhar da magia,

Mas, perderá...

Cada palavra caída,

Na própria semântica,

Destepaladas,

Que mal chegou a decifrar,

Hoje paira no vão da noite,

Ao naufragar na estrofe por organizar,

Jaz no mármore de um jardim

Habitados por quimeras,

Esperando que as noites findam,

E floresçam com a primavera (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 23/09/2021
Código do texto: T7349107
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