Negra primavera
Gélidas noites,
Frias ilusões,
Constantes oscilações,
A(mar) revoltante,
No gargalhar dos ventos,
Cortar a voz ao silêncio
Que ao tempo perpetua calado,
Entre os lençóis,
Onde não transpiram emoções,
O silêncio parece prisões,
A pálida rosa,
Consumida pelo marasmo da prosa,
Antes fosse erguer o choro da poesia,
Rogar aos versos o polvilhar da magia,
Mas, perderá...
Cada palavra caída,
Na própria semântica,
Destepaladas,
Que mal chegou a decifrar,
Hoje paira no vão da noite,
Ao naufragar na estrofe por organizar,
Jaz no mármore de um jardim
Habitados por quimeras,
Esperando que as noites findam,
E floresçam com a primavera (...)
(M&M)