SEM ÁGUA
SEM ÁGUA
Em cheio nos atinge o estio
Terra rachada no leito do rio
Amanhã ou mais tarde será o fim
Não atingirá a mim
Que já serei pó
Mas será de dar dó
Àqueles que aqui estarão
Neste seco mundão
Muitos matarão para poder
Matar a sede que não será de poder
Será de sobreviver
Na secura ardente
E será olho por olho
Dente por dente
Punição tal qual a ofensa
Sem recompensa
A não ser a morte
Que será almejada sorte