Gritam os canhões
Vós que brilhais nos anéis da liberdade
Estatueta escancarada , melindrosa
Façai minha a vossa vontade
Livrai - me desta vontade fogosa
É vossa a capacidade
De tinto , os lençóis mançhados
Passeais por aí nas saias da vaidade
Copos cheios , dos tascos , serrim dos pobres coitados
Liberdade , liberdade
Pulmões inflamados no grito da revolta
Gritam os canhões , Ó Deuses da virtuosidade
Rio formoso e perfumado
Inundam - se - me os sentidos
Triste sina , afogo - me no sonho qual louco embriagado