MARCAS DO QUE SE FOI
Autoria de Regilene Rodrigues Neves
Ergo a bandeira da vida
Ante um escombro de dores e feridas
Seqüelas de um passado paterno.
Cicatrizes feitas na alma ainda criança
Geraram um futuro frágil e sensível
Na face guerreira...
Passageira de sonhos
Vestidos de fé
Avança em campo minado de lágrimas
Abraçada a força da alma
Grita toda coragem
Que alimenta seu amor à vida!
Ali deixa seu passado...
Ergue seu legado: A fé.
Único traje
Num corpo doente de mágoas.
O presente espera
Depois do vale das sombras
Num amanhã
Feito de sóis e luas
Dono de um novo destino...
É preciso crescer
Esquecer... Deixar para trás
A fúria dos meus ancestrais
Criar meus próprios aís
No novo tempo
Que lá fora me espera sorrindo...
Jogo minhas tristezas fora...
Brinco, porque m’alma quer sorrir a vida!
Pertenço à alegria... Esse é meu jeito feliz de ser.
Atravesso um caminho
Não de lamentos,
Mas de lições que me ensinaram
O perdão!
Conheci o amor
Companheiro e amigo inseparável
Nas maiores adversidades
Ele esteve presente
Meu elo com Deus
Para que eu enxergasse
A luz depois da escuridão...
Sempre existiria uma nova manhã
Para recomeçar e mais uma lição para aprender
Assim minhas pegadas foram ficando na areia
E o tempo levando o passado...
Uma lembrança que me ensinara
A libertar pássaros feridos...
Depois de um passado obscuro
Vem sempre um presente
Para que possamos esperar um futuro melhor...
O segredo está na alma daquele que acredita
Na superação dos seus limites.
Em 11 de novembro de 2007