UMA CANÇÃO QUE ENTOA.

És borboleta

que sobrevoa o velho

açude,

procura uma flor,

sobrevoa entre minhas

ramagens,

olha as cicatrizes dos

meus galhos,

se inquieta com minha

inércia.

Lá fora o mundo pulsa,

artéria viva que leva

seiva e sangue a está

massa inerte.

Esse corpo que pisa

é chão que chora,

e essas lágrimas que escorre

seu repasto.

Teu silêncio me interroga,

e me desvenda,

vou escorrendo entre valas,

enquanto teu riso se esconde

atras das sombras.

Desvendo seu universo

numa metáfora ,

és borboleta que sobrevoa

velho açude para se saciar.

Minhas asas quer suas asas

para um voo supremo,

mas isso não basta,

por que querer é uma avenida,

por onde passam

inúmeras possibilidades.

Uma canção entoa,

e quer ouvidos para repousar...

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 16/09/2021
Código do texto: T7343972
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