alguma coisa dizia
a minha boca
escuta de longe
o que os ouvidos
falavam, minha
pele comia as
sobra do almoço
e tudo era cheirado
pelos meus olhos,
que pela manhã
era moça e á tarde
era desgosto, e a
linguagem tateava
o escuro que era
visto pela luz do paladar,
e nessa bagunça
suas pernas zombavam
do meu desejo, seus
seios me dava um
dedo, só quem seu
não me rejeitava era seu
cheiro, que gosta
de tudo, que a tudo
sabe falar