O ser poético é o indefinido e a insistência em representá-lo

Sento-me em uma cadeira

ao escutar os noturnos de Chopin

E pergunto-me, o que há no saber que

nos aflige, que tanto nos causa dor?

A vida é por natureza poética,

Um sentir sem métricas,

Uma invasão sem bater na porta,

Uma disrupção; Nada é contínuo,

Sequer a dor, a única coisa permanente

é o ser momentum, um parâmetro,

Pois há o denominado tempo;

Ao menos sabemos se a dor é a mesma,

Mas atribuímos a uma condição de existência

uma dor que nos é própria, também não sabendo

o quão real ela é, atribuímos a um ser este atributo,

A dor nos é ontológica, sabendo ao menos que o sentir

está em todos, sabendo sequer as sensações que

a cada um pertence; O que sabemos é ilusório

e o que há de mais real é isto, a dor.

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 16/09/2021
Reeditado em 16/09/2021
Código do texto: T7343420
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