(Com Baumann a liquidez do vazio animal)
Um poema é uma colcha de retalhos e pode ser um saca rolhas )
Um poema pode ser uma tela e poderá sofrer intervenções...indefinidamente...
uma rosa Era
era um cascalho
não pode ser nem podia
O que se mexe mexia
o que nao se mexe fervia
O que vejo
O que não posso ver
são caules mortos na
cesta de lixo do banquete
Vejo os pés dragões
Não são pés são degredos
Eram flores nao eram...
cadáveres secos boiam!
A poesia tem olhos vedados
ela chupa ela não chupa
ela apaga e morre
No verbo pútrido do escarro caro
entre pernas a náusea da língua
da boca do oco do tempo
do topo que lambe
o animal líquido
o vazio do mundo