55°
Em nome do amor, transei
Em nome da dor, gozei
Em nome da paixão, beijei
A culpa é da carne putrefata
Dessa ânsia pelo corpo alheio
Desse egoísmo romântico
De esse devir da conquista
A culpa é minha
Que despi corpos
Para satisfazer-me, enganei-me
Para mostrar meu falo
Vivendo da energia alheia
Acabando com sonhos
Agredindo as vidas
Com o meu jeito infame
De trocar caricias por carências
Sou um inútil
Mostrando-me poeta.
Otreblig Solrac - O poeta burro